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 Cultivo de produtos rurais orgânicos: mito?

Olá Homem do Campo, voltamos com um assunto muito importante e, particularmente novo para muitos: esse tal de ESG (Enviroment = desenvolvimento; Social = Social; Governace = Governança), mas vamos comentar sobre a ótica do plantio utilizando pouco ou nenhum defensivo nocivo às plantas, ou seja, a agricultura orgânica!!

Vamos lá? ...boa leitura

Cultivo com valor agregado, menos custo, mais lucro, será?

A agricultura orgânica, como fator de agregação de valor, é benéfica para os produtores rurais, Aqui estão alguns dos benefícios da agricultura orgânica:

1 – Sustentabilidade: Ela promove o uso responsável dos recursos naturais, reduzindo a degradação do solo, poluição da água e a necessidade de produtos químicos sintéticos.

2 – Saúde: Produtos orgânicos geralmente têm menos resíduos de pesticidas e fertilizantes sintéticos, o que reduz a exposição a resíduos químicos nos alimentos, em que pode ser benéfico para a saúde dos consumidores. Além disso, podem conter níveis mais elevados de certos nutrientes, como os antioxidantes, evitando também o uso de antibióticos e hormônios de crescimento, resultando em carne e laticínios mais saudáveis.

3 – Biodiversidade: Práticas orgânicas frequentemente promovem a diversidade de culturas e a conservação de ecossistemas, contribuindo para a proteção da biodiversidade.

4 – Sabor e qualidade: Muitas pessoas acreditam que produtos orgânicos têm um sabor mais autêntico e uma qualidade superior devido ao solo saudável e práticas de cultivo cuidadosas.

Quanto à agregação de valor aos produtos, a agricultura orgânica muitas vezes pode comandar preços mais altos devido à sua demanda crescente com poucas áreas cultivadas. Além disso, a certificação orgânica confere aos produtos, garantia de qualidade, o que pode atrair consumidores dispostos a pagar mais por alimentos mais saudáveis e ambientalmente conscientes e também pode abrir portas para mercados de nicho e atrair consumidores que buscam apoiar práticas agrícolas sustentáveis.

E o meio ambiente, ganha com isso ?

A prática da agricultura orgânica pode ser extremamente benéfica para o meio ambiente, pois promove a preservação do solo, enfatizando práticas que promovem a saúde do solo, como rotação de culturas e compostagem, prevenindo a erosão e a degradação do solo. Também reduz a poluição da água, pois o uso limitado de produtos químicos sintéticos reduz a contaminação da água subterrânea e cursos de água.  A conservação da biodiversidade, em que frequentemente promove a diversidade de culturas e habitats naturais, o que beneficia a flora e fauna locais. Além disso, provoca menos emissões de carbono, com o uso da compostagem e o uso de métodos de conservação de energia, que contribuem para a redução das emissões de gases de efeito estufa, o que gera menos impacto nas mudanças climáticas, pois as práticas sustentáveis ajudam a mitigar efeitos adversos.

Assim, temos algumas dicas que podem ajudar os produtores a começarem a adotar práticas mais orgânicas:

1 – Educação e Treinamento: Comece por se educar sobre os princípios e práticas da agricultura orgânica. Existem cursos, workshops e recursos online disponíveis para ajudar os produtores a adquirir conhecimento.

2 – Planejamento: Elabore um plano de transição que defina metas, prazos e práticas específicas que deseja adotar. Isso ajuda a manter o foco e a clareza durante a transição.

3 – Escolha de Culturas e Cultivares Adequadas: Algumas culturas se adaptam melhor à agricultura orgânica. Pesquise e selecione culturas e variedades que sejam resistentes a pragas e doenças.

4 – Melhore a Qualidade do Solo: A saúde do solo é fundamental na agricultura orgânica. Práticas como compostagem, adubação orgânica e rotação de culturas ajudam a melhorar a fertilidade do solo.

5 – Gestão Integrada de Pragas: Desenvolva estratégias de manejo de pragas que incluam o uso de inimigos naturais, armadilhas e práticas de prevenção, em vez de produtos químicos sintéticos.

6 – Uso Responsável da Água: Adote técnicas de conservação de água, como irrigação por gotejamento, para minimizar o desperdício.

7 – Certificação Orgânica: Se desejar vender produtos orgânicos, considere obter uma certificação orgânica. Isso fornece credibilidade aos seus produtos no mercado.

8 – Monitoramento e Registro: Mantenha registros detalhados de todas as práticas e insumos utilizados. Isso é essencial para rastreabilidade e cumprimento dos padrões orgânicos.

9 – Rede e Colaboração: Conecte-se com outros agricultores orgânicos e associações locais. Compartilhar experiências e conhecimento é valioso.

10 – Persistência e Paciência: A transição para a agricultura orgânica pode ser desafiadora. Esteja disposto a aprender com os desafios e a ajustar suas práticas ao longo do tempo.

Como a visão de sustentabilidade pode ajudar ?

ESG e sustentabilidade não têm o mesmo significado. São similares e têm objetivos em comum, como melhorar as práticas das empresas para agregar valor à marca ou produto e conquistar resultados positivos tanto com clientes quanto com investidores. No entanto, são diferentes. 

Motivada pelo mercado financeiro, a sigla ESG – termo, em inglês, para as melhores práticas ambientais, sociais e de governança – se tornou um dos temas mais comentados no meio empresarial. ESG passou a ser adotado por gestores e empresas, no Brasil e no mundo, muitas vezes, como sendo igual a sustentabilidade.

A comparação entre ESG e sustentabilidade pode parecer, apenas, uma questão de conceito. Mas, para implementar ou melhorar práticas de negócios e da sociedade, buscando um equilíbrio na esfera social, ambiental e econômica, é importante diferenciar as duas áreas.

Sustentabilidade está ligada ao termo desenvolvimento sustentável que quer dizer suprir as necessidades do presente sem afetar as gerações futuras. Seu significado é mais amplo e não remete somente a questões ambientais, como o uso dos recursos naturais de forma racional.

Em primeiro lugar, a sustentabilidade visa a atender às necessidades básicas da sociedade, nos setores da saúde, educação, alimentação e moradia, entre outros. Para isso, a Organização das Nações Unidas definiu 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para que os países consigam alcançar um desenvolvimento atrelado à sustentabilidade.

ESG é a sigla em inglês para environmental, social and governance (ambiental, social e governança). ESG está relacionado à mensuração da performance de uma organização nas questões ambientais, sociais e de transparência e eficiência. Pode-se dizer que ESG está dentro da sustentabilidade já que, para que uma empresa seja sustentável, é preciso implementar ou melhorar suas práticas de ESG.

Mas, afinal, quais são as diferenças entre os dois conceitos? Sustentabilidade é a visão estratégica da empresa em um modelo de negócios voltado à geração de um maior impacto para a sociedade. Assim, ESG está sob o guarda-chuva da sustentabilidade, produzindo informações e evidências que revelam e comprovam a estratégia de uma empresa rumo a um modelo de negócio mais sustentável.

O termo ESG tem forte relação com o mercado financeiro. Os aspectos ESG devem ser considerados em um investimento sustentável. As empresas precisam do ESG para garantirem a sustentabilidade dos negócios junto às organizações de crédito e financiamento, por exemplo.

Fonte: https://bit.ly/esg_sustent_sebrae

Conclusão

A empresa que busca ser sustentável precisa tornar-se protagonista na agenda ESG. Assim, ela terá melhor qualidade de gestão e será mais valorizada pela sociedade e pelos consumidores em geral. Os conceitos estão ligados e caminham juntos para que as organizações tenham resultado financeiro e sobrevivam em um mercado tão dinâmico e competitivo. 

Lembre-se de que a transição para a agricultura orgânica é um processo gradual, mas recompensador em termos de benefícios para a saúde do solo, meio ambiente e valor agregado aos produtos.

Nos vemos na nossa próxima publicação...obrigado!

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